top of page

Projeto de Recuperação do Córrego da Água Quente
São Carlos – SP

Descrição e observação do local

 

O projeto foi desenvolvido à pedido Prefeitura Municipal de São Carlos, pois trata-se de uma área de relativa importância aos recursos hídricos da cidade, entre outros aspectos.

 

A Bacia do Córrego da Água Quente situa-se na região sul da cidade de São Carlos e ocupa uma área em torno de 12,5 km². Apresenta uma forma próximo a de uma elipse, com o eixo maior na direção NW-SE. A parte urbana da bacia inclui, parcial ou completamente, 18 bairros diferentes.

 

O Córrego da Água Quente segue de sudeste para noroeste, numa extensão de mais de 6 km, com caminhamento repleto de meandros, até alcançar sua foz, na confluência com o Córrego do Monjolinho.

 

O Córrego da Água Quente tem sua margem esquerda ocupada pelos bairros populares de Cidade Aracy, Antenor Garcia e Collor de Mello. A margem direita tem como característica marcante a presença de uma elevada faixa de encosta, paralela ao córrego, com desníveis de até 100m.

 

Região da nascente do córrego da Água Quente fica localizado a cerca de um quilometro e meio a montante da rotatória da Avenida Regid Arab e é paralela à Avenida José Antônio Migliato. O trecho da nascente é caracterizado por grandes processos erosivos, com paredões de até cerca de 30m de altura. O solo local é constituído de arenito já em estado de alteração.

 

Da nascente até a rotatória da Avenida Regid Arab o córrego vai sulcando o solo e causando assoreamento na travessia e também no próprio corpo hídrico a jusante da travessia.

 

A porção mais alta do córrego da Água Quente mostra a confluência de diversos cursos da água que se conjugam num trecho relativamente curto, atravessando terrenos com baixa resistência à erosão.

 

É interessante ressaltar que todos os afluentes do Córrego da Água Quente chegam a ele exclusivamente pela margem direita, devido justamente à peculiar situação topográfica da região. A existência da elevada encosta basáltica ao longo da margem direita, contrasta com as modestas variações altimetrias da área da margem esquerda.


A vazão natural média é da ordem de 130L/s. Por ocasião de chuvas intensas e prolongadas este valor torna-se muito superior.

 

No trecho médio do Córrego da Água Quente, o leito passa a ter um caminhamento extremamente sinuoso, devido à pequena variação de altimetria e à natureza arenosa do terreno local.

 

No trecho inferior, com relevo bastante suave até a confluência com o Córrego do Monjolinho, há várias áreas alagadiças.

 

Já são observadas camadas de argila arenosa, muito mole, sobre o leito, que é preponderantemente constituído por areias finas e médias, desde os trechos situados mais a montante.

Aérea 1

Aérea 1

Aérea 2

Aérea 2

Aérea 3

Aérea 3

Cidade Aracy

Cidade Aracy

Objetivo

 

Pode-se dizer que praticamente todos os problemas encontrados no Córrego da Água Quente e sua bacia hidrográfica decorrem da ação humana.

 

A enorme e recente expansão urbana que a cidade de São Carlos vem sofrendo é traduzida pelo adensamento das periferias, com todos os males que a ocupação antrópica desordenada produz. Dentre os principais problemas daí decorrentes pode-se citar.

 

Desmatamento e eliminação da mata ciliar.

 

Alterações do relevo, com a execução de cortes e aterros de maneira totalmente inadequada.

 

Ausência de sistemas de drenagem apropriados.

 

Aceleração dos processos erosivos, carreando imensos volumes de terra.

 

Assoreamento dos cursos d´água, com conseqüente redução da capacidade de escoamento e aumento de áreas inundáveis e alagadas.

 

Contaminação sistemática das águas e do solo, incluindo esgotos sanitários domiciliares, resíduos industriais (agrotóxicos, produtos químicos, óleos, entre outros).

 

Fatores que impedem restabelecimento da vegetação como: queimadas, extração de madeira, pastagens irregulares.

 

Lançamento clandestino de resíduos sólidos nos cursos d´água tais como: entulho de construção civil, lixo orgânico e inorgânico.

 

Insuficiência ou mau estado das redes de drenagem urbana, coleta e remoção de esgotos e resíduos sólidos.

 

Nota-se a existência de um enorme descompasso entre a ocupação humana, nos moldes que hoje vem ocorrendo e a capacidade de resistência e recuperação do meio ambiente.

Erosão 1

Erosão 1

Erosão 2

Erosão 2

Erosão 3

Erosão 3

Erosão 4

Erosão 4

Soluções Adotadas
 

Recomposição da mata ciliar com espécies nativas e resistentes às condições locais, atendendo o Código Florestal (Lei Federal 4771 de 15/09/1965).

 

Implantação de parques e reservas para proteger e ampliar a vegetação existente.

Remoção e reassentamento da população que se encontra em áreas de risco ou de preservação permanente.

 

Implementação de medidas para conter a expansão urbana em áreas inadequadas, como as áreas contíguas aos bairros Cidade Aracy e Antenor Garcia.

Implantação de rede coletora de esgotos e interceptores ao longo das margens do córrego, até a estação de tratamento de esgoto (ETE).

 

Proteção da área no entorno da nascente do córrego.

 

Execução de retaludamento das margens e implantação de sistemas de proteção superficial, segundo critérios tecnicamente eficientes e ecologicamente corretos.

 

Execução de redes eficientes de captação de águas pluviais, dispositivos adequados de lançamento das águas pluviais no encontro com o córrego e sistemas de dissipação da energia da água.

 

Fixação de nova calha do córrego para a maior parte dos dias do ano e áreas de transbordo e armazenagem de picos de cheia para atenuar alagamentos e enchentes a jusante.

 

Execução de degraus para fixação da velocidade de escoamento do canal.

Panorâmica Ciclovia

Panorâmica Ciclovia

Urbanização

Urbanização

Plantio da Vegetação

Plantio da Vegetação

Recuperação da Vegetação

Recuperação da Vegetação

Ponte Cidade Aracy

Ponte Cidade Aracy

© Silva Leme Engenharia Ltda | 2015 Todos os direitos reservados

bottom of page